emily dickinson

Uma palavra morre Pois eu digo
Quando é dita Que ela nasce
— Dir-se-ia Nesse dia.

quarta-feira, 31 de março de 2010

hard believer - first aid kit

"Love is tough, time is rough. love is tough, time is rough on me. and it's one life and it's this life and it's beautiful"



eu to aqui. cansada, com sono, a perna doendo de ficar sentada nessa cadeira o dia inteiro, mas to aqui. eu to parada, estática, imóvel, só esperando. eu to desmanchando, caindo, quebrando sem você aqui, e eu to aqui esperando. o tempo nunca passa quando devia passar e o relógio esfrega na minha cara o quão tarde já é em três países diferentes, e que amanhã eu tenho que acordar cedo pra ir no voluntariado encontrar meus bebês e sonhar em ter um filho, e você não chegou ainda. então como eu vou ir dormir e ter um filho sem você aqui? já se passaram dois minutos desde que eu comecei a escrever esse texto idiota e você ainda ta por aí, trabalhando ou dormindo ou vendo tv ou ouvindo música ou fazendo o que quer que você faça - sozinho ou acompanhado, triste ou feliz - quando não ta aqui e eu ainda estou aqui, esperando. vai ficando tarde e eu sei que você não vai vir, ou que vai vir ainda mais tarde e eu não vou mais estar aqui, e meus olhos ficam me pedindo pra descansar. e eu tento me concentrar em outra coisa (três e quarenta em londres. será que o danny ta fazendo o que?) mas aqui são onze e quarenta e um e nada de você. tenho que ir dormir, né? acordar cedo amanhã, pra cantar molejo com as meninas e ir pro voluntariado, certo? e você nunca mais vai entrar pra falar comigo pelo visto. e eu me sinto tão sozinha essa hora da noite.
e eu queria um abraço.

never say never - the fray

" we're falling apart and coming together again and again. we're growing apart, wut we pull it together, pull it together, together again. don't let me go, don't let me go, don't let me go, don't let me go, don't let me go, don't let me go. "



e eu nem tenho nada pra escrever aqui hoje. porque eu to feliz de um jeito nunca antes experienciado por mim. aquela maldita sensaçãozinha de que vai ficar tudo bem. aquele momento "oi, não tenho dúvidas de nada". e eu que sempre fui acostumada com minha incerteza não me acostumo com essa droga de certeza absoluta e imbatível. eu fico esperando quando de repente eu vou voltar a mim mesma e começar a duvidar de tudo, a ter medo e ficar depressiva de novo, mas isso não vai acontecer. não tão cedo, pelo menos. e isso é tão novo e estranho e tão bom. fim -NN

nunca mais vou conseguir escrever aqui direito e a culpa é sua.

segunda-feira, 29 de março de 2010

if you want me - marketa irglova


"are you really here or am i dreaming? i can't tell dreams from truth. for it's been so long since i have seen you i can hardly remember your face anymore. when i get really lonely and the distance causes our silence, i think of you smiling with pride in your eyes, a lover that sighs. if you want me satisfy me. if you want me satisfy me."

caralho. ta, eu odeio mandar msg off, porque as minhas NUNCA chegam, e eu espero que você entre aqui e leia, ou algo do tipo...


como assim, danton? como assim você some, desparece, fica 40 dias sem falar comigo? como assim você me faz querer te esquecer, te "superar" e perceber que é melhor assim, você aí e eu aqui e depois volta e me manda essa droga de msg off e me faz gritar por uns vinte minutos e meu coração bater tão forte que eu achei meu peito tão pequeno pra caber a felicidade dentro dele que doeu? eu acho injusto. porque eu estava tentando seguir em frente, porque pensei que você estava tentando. e eu não te entendo, de verdade. porque você me deixa acreditando que nossa pseudo-relação acabou e me faz sofrer? porque você não simplesmente fica aqui - comigo - pra sempre? porque você vai embora, me deixa vazia, depois volta, me completa, e depois vai de novo, e me deixa ainda mais vazia do que antes? pior do que tirar a droga do doce da boca da criança é roubar, devolver, e voltar pra roubar de novo. e voltar as vezes também só pra esfregar na cara da criança que você tem o doce, que está logo ali na frente dela, mas ela não pode ter... eu te amo. de verdade, e eu não tenho mais medo de falar isso, nem vergonha, nem nada. e eu me sinto tão... pronta. então porque você se afasta? justo quando eu to pronta, depois de tanto tempo. muito tempo mesmo. 2 anos e 4 meses e 2 semanas e não sei quantas horas. e eu te amei durante todo esse tempo. mesmo quando não sabia que eu amava, mesmo quando eu achava que não amava, mesmo quando eu pensava que era ódio. e apesar de tudo, eu não to fugindo disso, por mais tentador e fácil que fugir seja. e eu sou a pessoa fraca, frágil, assustada, que devia fugir, e quem fugiu foi você. e eu não entendo o motivo. mas eu ainda estou aqui e meu sentimento ainda está aqui. não intacto, mas inteiro. e eu queria que você voltasse, e falasse comigo, e resolvesse as coisas. eu te amo e eu quero estar contigo. com toda a insensatez, medo, insegurança, confusão, com tudo. e você?

domingo, 28 de março de 2010

trinta e oito

"roupas no varal, chuva de verão. os dias outros no quintal vão me dando a direção. se você perguntar o que eu fiz, se você quer saber o que eu quis. ah, o tempo passa e eu penso demais, pode ser que eu tenha te deixado pra trás. e eu sigo. e eu minto. e eu sinto."


As horas passaram e eu nem vi. De repente as estrelas ainda estão lá no céu, mas eu nem me lembro de olhar pra cima para enxergar. A vida passa correndo pela minha frente e eu apenas me deixo levar pelo embalo da multidão da monotonia que me arrasta e nem percebo. Não percebo as cores, as conversas, as músicas. Tudo tão ainda lá, tão não mais em lugar nenhum. Você foi embora. Sem se despedir, sem avisar, apenas foi embora. E eu no meu costume de sempre te reencontrar esqueci de notar sua falta. Mas meu coração latente de sentimentos notou, e nota e sempre notará. Eu estou prendendo a respiração esperando sua volta, e realmente torcendo pra você não me deixar morrer, não deixar o ar não atingir meus pulmões de novo. Há 38 dias atrás eu podia dizer que eu era alguém. Eu tinha um propósito, tinha alegria, tinha fogo, vida. Há 38 dias atrás, daquele nosso jeito confuso e estranho, você era meu e eu era sua. E agora só tenho minhas incertezas e interrogações para ocupar minha possessividade insana. Você estava aqui do meu lado - mesmo que estando há vários quilometros de distância - e eu não conseguia nem respirar com tanto você infestando todas as minhas ações e pensamentos, mas eu nunca sentiria falta do oxigênio contanto que eu pudesse ter você. Eu nunca apreciei verdadeiramente ter um tempo pra mim mesma... Eu não sei viver comigo, só. Eu só sei viver por outro, por osmose. E eu já não sei se consigo superar meus medos, implicancias, nervosismos e chatisses para encontrar um outro alguém. Eu não sei se eu tenho força e coragem pra sair e deixar outro entrar, pra me abrir, ficar vulnerável, me sentir fora de controle e nada dona da situação, e pequena e ingênua. Eu não sei se vou conseguir olhar pra outra pessoa na rua e não me sentir intimidada. Há 38 dias atrás eu era um livro de poesias completo, o seu favorito. Hoje eu sou apenas o rascunho inacabado de linhas tortas e páginas amassadas que você não quer mais.

terça-feira, 23 de março de 2010

textos inacabados - parte I

"Depuis qu'on est ensemble tu es mon seul amour. Et j'ai trop de faiblesse pour te quitter. Bonjour tristesse"



o amor é lindo. é excitante, revigorante, novo, velho, bom, gostoso, inebriante, tudo. e então acaba. acaba o amor. acabam as brigas com final feliz e os apelidinhos. acabam os risos e as lágrimas. e fica a tristeza. e permanece o vazio. o vácuo eterno do fim, do não vai ter mais, pare de esperar que ele não tem continuação, idiota. então você levanta de manhã e o dia não parece nem preto nem branco, nem bom nem ruim, porque é só mais outro dia. e as horas não passam nem rápido nem devagar, porque você não tem o que esperar, não tem pra quem correr, o tempo só passa. e as conversas são só conversas, porque você não tem pra quem contar aquela piada sem graça que te fez rir tanto nem aquele caso triste que partiu seu coraçãozinho de manteiga derretida. nada tem graça, mas nada é sem graça. são apenas coisas, pessoas, lugares, horas, dias, conversas, vida. é nada. é o vácuo eterno do fim e do eu não sei mais o que fazer da minha vida sem você. porque eu sou a droga de um vírus, um nada acelular que precisa de outra vida para ter vida, para ser vida.

quarta-feira, 17 de março de 2010

mimimi

"your hopes, your dreams, your everything"


estou em greve de palavras até alguém me levar pro show do FTSK -nn
bem eu não to com muito tempo pro blog, então eu prometo à vocês, caros leitores imaginários, que irei escrever muito muito muito no meu caderninho e postar tudo assim que possível. câmbio, desligo.

sexta-feira, 12 de março de 2010

gravity - sara bareilles


"something always brings me back to you, it never takes too long. no matter what I say or do I'll still feel you here 'til the moment I'm gone. you hold me without touch, you keep me without chains. I never wanted anything so much than to drown in your love and not feel your rain. set me free, leave me be. I don't want to fall another moment into your gravity. here I am and I stand so tall, just the way I'm supposed to be, but you're on to me and all over me."


eu tentei não pensar mais em você. tentei deixar o tempo se encarregar de te apagar e me fazer esquecer, mas eu não consigo me enganar por muito tempo e terminei despejando todo o sentimento de volta em mais uma carta que eu provavelmente nunca irei te mandar. talvez eu devesse mandar, certo? te deixar saber, te contar que eu ainda estou aqui, ainda estou sentindo falta, ainda estou amando, ainda estou sofrendo e ainda estou pensando. mas eu tenho medo. de não ter mais espaço pra mim na sua vida, de você ter percebido que está melhor sem toda minha confusão e não me amar mais. uma vez você me disse que eu te destruo. e aquilo foi tão sincero, simples e forte, que me deixou com mais medo ainda. medo de te machucar, de sua vida ser melhor sem minha confusão. eu nunca soube fazer escolhas nem ouvir meu coração, porque ele continua me falando todas essas coisas contrárias e me confundindo mais. porque ele me diz pra eu fugir de casa e pegar carona na estrada até parar na porta da tua casa pra te dizer que eu te amo e que eu quero passar o resto dos meus dias imbecis contigo. porque ele me diz pra eu parar de pensar em você e te deixar seguir em frente e ser feliz. porque ele me diz que também não sabe o que fazer e que a única pessoa que tem a droga das respostas pras minhas dúvidas é você. mas eu não posso fugir e pegar carona e aparecer na sua porta sem estragar sua vida te trazendo de volta pra minha. mas eu não posso simplesmente sentar e ver o meu único amor ir embora assim, sem nem tentar direito. então acho que vou ali preparar minha mala e jogar uma moeda. cara - eu vou pedir carona até sua porta. coroa - eu te ligo e a gente decide o que fazer, certo?