emily dickinson

Uma palavra morre Pois eu digo
Quando é dita Que ela nasce
— Dir-se-ia Nesse dia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

cry - rihanna

"cause i never leave my heart open, never hurted me say goodbye"

poderíamos casar. não chegarímos sequer perto do exemplo de família perfeita. teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. improvável. tomaríamos café as cinco da tarde. você reclamaria o fato de eu ligar o chuveiro horas antes de ir para o banho. eu, por você ter arranhado meu cd de jogo favorito. eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. discordaríamos quanto a cor das cortinas. não arrumaríamos a cama diariamente, beberíamos juntos em algum club no final de semana. a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias. adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira. você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer. você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importariamos em chegarmos encharcados. dormiríamos com o computador ligado. nos beijaríamos no meio de alguma frase. você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. saberíamos. poderíamos casar...

não sei quem escreveu, mas achei muito lindo t1t2 :\

mentiras - adriana calcanhotto

"nada ficou no lugar, eu quero quebrar essas xícaras, eu vou enganar o diabo, eu quero acordar sua família... eu vou escrever no seu muro, e violentar o seu gosto, eu quero roubar no seu jogo, eu já arranhei os seus discos... que é pra ver se você volta, que é pra ver se você vem, que é pra ver se você olha, pra mim... nada ficou no lugar. eu quero entregar suas mentiras, eu vou invadir sua aula, queria falar sua língua... eu vou publicar os seus segredos, eu vou mergulhar sua guia, eu vou derramar nos seus planos o resto da minha alegria... que é pra ver se você volta, que é pra ver se você vem, que é pra ver se você olha, pra mim."


o que aconteceu com a gente? o que aconteceu com minha vida perfeita de filme, onde tudo sempre terminava com o famoso final feliz? você sempre pertenceu à ela, e eu só tentava negar isso o tempo todo. o que fazer nessas horas? como entender? como aceitar? como seguir em frente, superar? eu estava ocupando meu tempo precioso te escrevendo... eu perdi meus últimos dois dias escrevendo tudo que estava confundindo minha cabeça e acabando com meu sono, e me diz pra que? me diz porque eu sempre tentei, quando no fim das contas você nunca seria realmente meu?
"meu namorado pertence à ex e agora eu sei disso" eu sempre chorei muito com essa frase do filme a agenda secreta do meu namorado... acho que eu meu choro tinha motivos. e esse sentimento que eu nem sei como descrever, é um dos piores do mundo :\ cambio, desligo.



"o que aconteceu? o ar não foi suficiente? você não viu, você sumiu, mudou de lugar"