emily dickinson

Uma palavra morre Pois eu digo
Quando é dita Que ela nasce
— Dir-se-ia Nesse dia.

domingo, 13 de junho de 2010

não vou me adaptar - nando reis


"eu não caibo mais nas roupas que eu cabia, eu não encho mais a casa de alegria. os anos se passaram enquanto eu dormia, e quem eu queria bem me esquecia. será que eu falei o que ninguém ouvia? será que eu escutei o que ninguém dizia? eu não vou me adaptar! não vou me adaptar!"

eu reparei que tenho um enorme complexo com gays. de verdade. eu sempre me apaixono por eles e acho lindos e quero pra mim. deve ser por causa do meu eterno carma de desgostar de quem gosta de mim, da minha mania de achar que se alguém gosta de mim e me aceita estranha como eu sei que sou, essa pessoa só pode ser louca e com tendências psicóticas. e eu estou sempre buscando o impossível e inalcançável, querendo quem não me quer e sofrendo por isso. mas o problema é que eu gosto. de sofrer, chorar, me descabelar por um cara que não está nem aí se eu estou viva ou morta. puta masoquista problemática que sou, eu sei, eu sei... então eu sempre gosto desses caras gays, sem perceber que eles são gays. e eu tenho um histórico de cinco anos disso, então não são acontecimentos esporádicos de uma mulher se interessar por um cara gay de vez em quando, que é super normal. porque primeiramente eu não percebo a homosexualidade deles e só enxergo isso quando já é muito tarde e meu coração está apertado de sentimentos idiotas. e eu nem mesmo tenho uma conclusão pra esse post, só queria escrever isso pra tornar meu problema real e ver se dou um jeito de parar com isso. porque se apaixonar por caras gays é definitivamente a coisa mais deprimente da minha existência. câmbio, desligo.

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